O Eclipse da Razão

  

«A ciência moderna, tal como os positivistas a entendem, refere-se essencialmente a enunciados sobre factos, e, por conseguinte, pressupõe a reificação da vida em geral e da percepção em particular. Vê o mundo como um mundo de factos e coisas, e esquece-se de ligar a transformação do mundo em factos e coisas ao processo social. O próprio conceito de “facto” é um produto – um produto da alienação social […]»

 

Max Horkheimer, O Eclipse da Razão, p 96, trad. João Tiago Proença, Antígona, 2015.

 

A “teoria crítica” é fundamentalmente uma criação de Max Horkheimer (1895-1973), um dos fundadores da Escola de Frankfurt. Além do seu fundador, os pensadores mais ilustres desta escola são, Theodor W. Adorno (1903-1969), Herbert Marcuse (1898-1978), Walter Benjamin (1892-1940) e Erich Fromm (1900-1980), aos quais podemos acrescentar Ernst Bloch (1885-1977) e Jurgen Habermas.

Nesta hora de despertar do pesadelo sanitário em que as leis são diagnósticos, é preciso reconstruir a “teoria crítica” e esta reconstrução exige não só o repúdio pela colapsologia da razão, mas sobretudo a construção de um diálogo produtivo com Max Horkheimer e os textos seminais da Escola de Frankfurt.

 

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