- Ora bolas, beleza, e nós?

     

                                                                     


“O que é belo faz-nos lembrar a natureza enquanto tal – aquilo que existe para além do humano e do produzido e desse modo estimula e aprofunda o nosso sentido da pura amplitude e plenitude da realidade, inanimada mas também vibrante. 

Um feliz subproduto desta visão, se visão é: a beleza reconquista a sua solidez, a sua inevitabilidade, como um juízo necessário para dar sentido a uma grande dose das nossas energias, afinidades e admirações; e as noções usurpadoras revelam-se risíveis. 

Imagine-se alguém dizer: «Este pôr do sol é interessante.»”

 

Susan Sontag, Ao Mesmo Tempo, Um debate sobre a beleza. Tradução de José Lima, Quetzal Editores, 2011.

 

À margem: que se pense duas vezes antes de se dizer que uma mulher (ou um homem) irresistivelmente e sedutoramente bela, é interessante. A beleza, como a literatura, é conhecimento. E era só.

 

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