Da série árias da vida I
(Dante era
casado com uma Donati. De inimigos a políticos, este gigante enfiou os desafectos todos nos nove círculos do Inferno).
Seguem-se três
interpretações
Maria
Callas:
Grega de nascimento, a inesquecível diva foi tão dramática na vida profissional quanto pessoal. Apesar de a sua voz ser um nervo exposto, aberta, de uma tonalidade nua, a perfeição da sua técnica, faz com que esteja pouco emocional nesta gravação.
Grega de nascimento, a inesquecível diva foi tão dramática na vida profissional quanto pessoal. Apesar de a sua voz ser um nervo exposto, aberta, de uma tonalidade nua, a perfeição da sua técnica, faz com que esteja pouco emocional nesta gravação.
Montserrat Caballé:
A catalã mais perfeita de todos os tempos. Transcendente, uma voz vinda do céu. Parece que canta numa língua diferente, um celestialíssimo da língua contra a tonalidade nua. Dela, parece que emana uma ordem do universo. As etéreas brisas que se insinuam no seu canto, pressupõem uma espécie de crença no infinito, como se a sua voz não fosse in-humana, mas a-humana, para além do bem e do mal, desenvolvendo-se numa diamensão abstracta, em que a parte que nos é deixada a nós ouvintes, mal seja acessível.
Anna Netrebko:
A soprano
russa era empregada de limpeza no Teatro Mariinsky de São Petersburgo
quando foi descoberta. Foi lá que iniciou estudos de canto. Tem talento e potencial para ser a nova diva.
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