Despotencialização do quotidiano
“Ulrich cedo
compreendeu que a época em que vive, dotada de um saber imenso que nenhuma
outra época antes teve, parece ser incapaz de intervir no curso da história. E
a razão de tudo isto, vê-a Ulrich no facto de a realidade, hoje, só numa ínfima
parte ser produzida pelos homens. Os homens já não são criativos porque se
tornaram um montão de qualidades e de hábitos e porque as suas experiências de
vida obedecem a um esquematismo herdado. Assim: já não são capazes de viver as
suas experiências”.
-Musil
(in “O homem
sem qualidades”, trad. João Barrento. Dom Quixote Editores.2008)
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