A Reprodução Proibida
A Reprodução Proibida, René Magritte, 1937. “Eu é um outro”, escreveu Rimbaud numa das suas mais célebres frases. A proposição pode ser interpretada no sentido (duplo) Heideggeriano. Quer dizer, num primeiro tempo, a linguagem surge-nos enquanto sistema ou natureza autónoma que interpela o homem; num segundo, como perda da autenticidade (ou decadência) em que passamos a um “nós” totalitário como característica da sociedade de massas. Porém, Magritte ao proibir a auto reprodução, proclama que não há existência de um “eu” que não se subtraia a um “tu”, para tal, questiona os limites da reprodução nesta era do vazio , mostrando um homem em frente a um espelho, onde o reflexo não é a imagem do seu rosto, mas das suas costas: “o eu é detestável”, afirmaria igualmente Rimbaud. Em “Reprodução P...
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