Outra canção para ti





                                                                       

Cada um de nós pode bem, e está no seu direito, tanto com a metafísica como com a distração e o entretenimento, de fabricar as saídas que entenda para uso pessoal para lidar com o sarro dos dias. Para mim, e já aqui o disse, a música constitui o caso-limite da mais bela perseguição da ausência ou carência de metafísica. Talvez por ser de uma incomunicabilidade própria e indutora de uma interpretação e “apropriação” estritamente individual. Já não é a música, somos nós nela. Hands of time, Mãos do tempo, em tradução livre, é uma ode à alma dos anos 70, onde encontra as reminiscências de um gigante como Marvin Gaye. É um trunfo tirado aqui da manga para qualquer  amante de dança. A deriva amena por onde esta música flui, não deixa de me  suscitar uma ausência, seja de um cubo de gelo num copo à contra luz de um pôr-do-sol, seja da deambulação de dois corpos que se tocam e acolhem (às desoras) nas Mãos do Tempo.



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